António Costa chegou com uma comitiva de peso, trazendo consigo os ministros das Finanças, Fernando Medina, dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, da Economia, António Costa Silva, da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Francisco André.

Ao fim da manhã, os governos de Luanda e de Lisboa assinam mais de uma dezena de acordos, em que se destacam o Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2023-2027, o reforço da linha de crédito Portugal-Angola de 1,5 para dois mil milhões de euros e o memorando de entendimento entre a administração dos portos de Sines e do Algarve e a Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande.

O PEC 2023-2027, segundo António Costa, citado pela imprensa portuguesa, representa "uma marca concreta do reforço da cooperação entre dois países amigos num momento muito alto das relações" luso-angolanas. O reforço da linha de crédito empresarial, de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros, servirá para "responder à ambição do Presidente João Lourenço no sentido de Portugal contribuir para a diversificação da economia angolana".

"O novo PEC reforçará o envelope financeiro do período anterior" e "deverá continuar a privilegiar áreas como a educação, a saúde, a justiça e a segurança, avançando também com a promoção da cooperação em novas áreas como o turismo, a modernização administrativa, a cooperação com o sector privado, e a qualificação do capital humano", lê-se numa nota do Governo português - de acordo com a mesma nota, o último PEC 2018-2022, com um envelope financeiro de 535 milhões de euros, teve uma taxa de execução global de 122%.

Os acordos bilaterais vão ainda abranger as áreas da economia, do ensino superior, infraestruturas, comunicação social e defesa.

António Costa chega com uma intensa agenda a concretizar em dois dias. Esta segunda-feira, depois de ser recebido pelo Presidente João Lourenço, o primeiro-ministro de Portugal visita a Casais Angola, empresa no sector da engenharia e construção, e a Acail, no sector dos produtos siderúrgicos, produção de gases industriais, alimentares e medicinais, pré-fabricados em betão e comércio de medicamentos. O dia do governante português termina com uma recepção aos empresários portugueses em Angola e membros do Governo angolano.

Na terça-feira, último dia de visita, Costa tem programada uma ida à sede da Caixa Geral Angola, banco onde a portuguesa Caixa Geral de Depósitos detém a maioria do capital social com 51%, e visita a Fortaleza de São Francisco do Penedo (obra a cargo da Mota Engil). Está igualmente prevista uma visita à Escola Portuguesa de Luanda.

Esta é a segunda visita oficial de António Costa a Angola - a primeira foi em 2018.