"Estamos a aguardar esse momento chegar. Se isso acontecer, a candidata à Presidência da República terá de ser do MPLA", disse João Lourenço durante um encontro com a Organização da Mulher Angolana (OMA), no âmbito da campanha eleitoral.
João Lourenço referiu que o MPLA está dar uma grande lição ao mundo, ao privilegiar as mulheres em lugares de destaque nas instituições do Estado.
João Lourenço manifestou-se preocupado com a elevada taxa de analfabetismo, sobretudo no seio das mulheres, adiantando que o actual quadro exige o engajamento de todos para que se ultrapassar o problema.
Disse ser uma prioridade no Governo do MPLA a eliminação do analfabetismo, um factor que emperra o desenvolvimento do País.
"Uma mulher letrada defende os seus direitos", disse João Lourenço, lembrando que há muito que o partido no poder colocou no topo das suas prioridades o combate ao analfabetismo, com estratégias de aceleração do processo de alfabetização.
Apontou o combate à violência e à instabilidade familiar como prioridades do programa do MPLA, reforçando a importância da criação de políticas eficazes sólidas, com vista a desencorajar e reduzir comportamentos violentos na família e na comunidade.
O presidente do MPLA lamentou a existência no País de muitos casos de meninas que abandonam as aulas e como consequência surgem gravidezes precoces em crianças de 12 anos.
"Doze anos é para as meninas estudarem para garantirem o seu futuro e não gravidezes precoces", apelou João Lourenço.
Relativamente ao voto, disse que ainda nada está ganho, apelando à OMA para que continue a mobilizar as pessoas para depositarem o seu voto no MPLA.
Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE.Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.
A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).
A Comissão Nacional Eleitoral criou 13.238 assembleias de voto, constituídas por 26.443 mesas, no território nacional, enquanto que para a votação dos eleitores inscritos no estrangeiro foram criadas 26 assembleias de voto com 45 mesas de voto. Para este total de mesas de voto foram recrutados 105.952 membros.