Saída "unilateral" do líder do PRA-JA Servir Angola da FPU coloca em xeque o futuro daquela frente cujo intento é a alternância do poder.
O dilema da continuidade da frente consiste no imperativo legal que obriga o Bloco Democrático (BD) a concorrer isoladamente às eleições de 2027 ou coligado, em virtude de ter participado do pleito de 2022 nas listas da UNITA.
Nestes termos, a FPU terá de ser transformada em coligação formal, ou o BD concorrerá isoladamente sob pena de ser extinto.
Embora a UNITA e o BD, os únicos sobreviventes da FPU, tivessem manifestado a vontade de manter viva a plataforma, especialistas mostram-se cépticos quanto ao futuro daquela frente política.
Em exclusivo ao NJ, Isaías Samakuva, primeiro presidente da UNITA em tempo de paz, afirma que o líder do PRA-JA nunca escondeu o que queria.
"Tanto as suas declarações públicas como as que foram vazando de círculos restritos deixavam bem claro, aliás, que os recentes acontecimentos são apenas a materialização de um plano há muito anunciado", aclara.
Sustenta mais adiante que não há nenhum partido que se chama "oposição", ressaltando que cada um tem a linha política que o identifica.
"Mesmo os que parecem não tê-la perseguem interesses próprios que nem sempre se ajustam aos de outros partidos, mesmo que também estejam na oposição", esclarece.
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