"A tentativa falhada de destituição do Presidente da República, orquestrada pela UNITA, foi uma manobra anti-democrática e uma afronta directa à vontade soberana do Povo Angolano, expressa nas urnas. Este processo, completamente desprovido de bases legais ou factuais, revela o verdadeiro rosto da UNITA: um partido que não aceita as regras do jogo democrático e que está disposto a tudo para alcançar o poder, inclusive subverter a ordem constitucional", lê-se no comunicado do MPLA, tornado público um dia depois de o Presidente da República ter declarado que os angolanos estavam a "construir uma pátria de irmãos reconciliados que souberam perdoar-se mutuamente para juntos edificarmos uma Angola próspera e desenvolvida em prol do bem-estar colectivo dos seus cidadãos",

Segundo o MPLA, a UNITA "falta com a verdade quando sabe que o Executivo, liderado pelo MPLA, tem já criadas infraestruturas autárquicas em várias províncias do país, de suporte à institucionalização das autarquias locais".

O Grupo Parlamentar do MPLA lamenta o facto do maior partido da oposição "recorrer, mais uma vez, à mentira para impor a sua agenda política, em contramão com os ditames da Democracia e os verdadeiros interesses do Povo Angolano", lê-se no documento do MPLA.

"Em vez do consenso político, em matéria de combate ao crime público, foi a própria UNITA, que ataca juízes, procuradores e agentes da ordem pública, que se absteve na votação da lei dos crimes contra vandalismo", continua o MPLA no comunicado, que acusa os deputados da UNITA de uma "reiterada falta de decoro e ética parlamentar, nas suas intervenções e acções, tendo sido tal comportamento sucessivo ao longo de todo o Ano Legislativo que termina".

"As iniciativas legislativas apresentadas pelo Presidente da República, que é também o presidente do MPLA, reflectem directamente o programa de Governo do MPLA e os compromissos assumidos para com o povo angolano", escreve o MPLA no documento, para dizer a seguir que "todas as propostas de leis introduzidas pelo titular do Poder Executivo são, na sua essência, decorrentes do programa de governação do MPLA, sufragado e eleito pela maioria do Povo Angolano".

Ainda relativamente à Divisão Político-Administrativa da Província de Luanda, O MPLA considera" importante sublinhar que o Grupo Parlamentar do MPLA votou e aprovou o que está consagrado na Constituição da República de Angola: a capital da República de Angola é Luanda, e não o que se vai dizendo e escrevendo no espaço público".

No entanto, continua o partido de Governo, "a oposição desesperada tenta fazer crer que esta medida tem outro propósito que não o desenvolvimento e o bem-estar dos angolanos, mas esquece-se que o MPLA nas eleições de 2022, elegeu 4 deputados no Cuando-Cubango e 4 deputados no Moxico, províncias que também serão abrangidas pela Divisão Político-Administrativa do território".

"O Executivo tem implementado políticas rigorosas e medidas de transparência e de combate à corrupção, enquanto a UNITA se tem limitado a lançar acusações sem fundamento, numa clara demonstração de hipocrisia e populismo fácil", lê-se no comunicado, onde é afirmado que "tanto os dados apresentados pela Procuradoria-Geral da República, como da insuspeita Transparency International, mostram que Angola tem feito progressos nesta matéria que resultaram na melhoria sucessiva, desde 2016, do índice de percepção da corrupção".