Esta exoneração, que surge num momento em que o país volta a atravessar uma crise de divisas, com o Kwanza em perda acelerada face ao Euro e ao Dólar, e ainda as consequências da retirada parcial dos subsídios aos combustíveis (ver aqui e aqui e aqui), é justificada pelo Chefe de Estado com "conveniência de serviço".

Na mesma altura, João Lourenço exonerou o então governador do BNA, José de Lima Massano, usando a mesma definição, a "conveniência de serviço", para a sua nomeação como novo ministro de Estado para a Coordenação Económica do Presidente da República.

Até às 13:50 não era conhecido o nome para liderar o Banco Nacional de Angola.

Apesar dos apertos causados pela súbita crise de divisas e desvalorização inesperada mas acentuada da moeda nacional, e das sequelas graves da decisão do aumento do preço da gasolina, a economia angolana aparenta robustez, como o indica o Relatório Económico 2021 do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola que foi apresentado esta quinta-feira.

Segundo este documento, economia angolana vai crescer 3,8% em 2023 embora com uma desaceleração para 3% no próximo ano.

Uma das razões apontadas por este documento do CEIC da Católica é a folga proporcionada pelo sector petrolífera graças à expectativa de que o barril de crude se mantenha em preços elevados, acima dos 70 USD.