Em comunicado, a Casa Branca aponta como objectivos desta visita o aprofundamento da parceria entre os EUA e Angola que ficará para a história na forma de vários acordos a assinar, incluindo um projecto que engloba Angola e o G7, o grupo das sete maiores economias ocidentais.
E esse projecto é o já bem conhecido corredor do Lobito, que ligará através de uma nova linha de caminho-de-ferro o Lobito (Benguela) e a República Democrática do Congo, onde os EUA esperam vir, cedo ou tarde, a tomar o lugar da China no controlo dos vastos recursos naturais daquele país vizinho de Angola.
Esta visita, que o Novo Jornal já tinha noticiado, a Angola começará a partir da Alemanha, onde Biden estará antes de rumar a Luanda, no dia 13, fazendo com que, no grosso, o Presidente norte-americano estará na capital angolana quase um dia e meio, com agenda bastante apertada.
O documento emitido pela Casa Branca refere que Biden discutirá com João Lourenço a crescente colaboração em "prioridades partilhadas" sublinhando a questão económica e a vertente do reforço da competitividade de uma e doutra.
O Corredor do Lobito, diz o texto, é parte de um projecto mais alargado que, no fim da linha, ligará o Atlântico ao Índico.
Como sempre sucede nestas ocasiões, Washington coloca uma ênfase especial na questão da democracia que ver fortalecida bem como a vertente do empenhamento cívico das sociedades africanas, bem como a questão das energias renováveis, a paz e a segurança.
"A visita do Presidente (Joe Biden) celebra a evolução das relações entre Angola e os EUA, sublinha o compromisso dos Estados Unidos com as parcerias em África e demonstra a colaboração para resolver problemas comuns do pov0 norte-americano e do continente africano"
Para os EUA, a assinatura da parceria pretende o fortalecimento da "democracia e o engajamento cívico; intensificando a ação sobre segurança climática e transição para energia limpa; e melhorando a paz e a segurança".