O absentismo absoluto de alunos e professores nas instituições de ensino nestes dois primeiros dias de aulas é a realidade que o Novo Jornal encontrou em diversas escolas de Luanda, onde se ultimam os preparativos de forma acelerada para o regresso de alunos às salas de aula.
As batas brancas, que enchem as ruas e as avenidas após o término das férias dos alunos do ensino geral, ainda não são visíveis, dois dias após o arranque oficial do ano lectivo 2025/26.
Na maioria das escolas da província de Luanda, as listas com os nomes e turmas, apenas estão a ser coladas esta semana, e, em outras instituições, as direcções ultimam a fase de matrículas.
Nas principais escolas públicas de referência da capital, como o Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL) e o Instituto Politécnico Industrial de Luanda (IPIL), vulgo "Makarenko", as listas não foram colocadas porque estas instituições estão ainda a ultimar a fase de matrículas.
No "Makarenko", a direcção denuncia que alguns candidatos reprovados nos exames de aptidão estão a falsificar as fichas de matrícula, sob pretexto de terem aprovado.
No Liceu 1.230, ex- 22 de Novembro, na Maianga, as listas foram afixadas esta semana, panorama comum a diversas instituições de ensino público e privado.
Ao Novo Jornal, vários professores e alunos afirmaram que o regresso às salas de aula apenas vai acontecer na próxima semana.
O Executivo assegura que mais de 9 milhões de alunos foram matriculados neste ano lectivo 2025/2026, dos quais 1,9 milhões pela primeira vez.
Segundo a ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, para este ano lectivo estão disponíveis 130 mil salas de aula, representando um aumento de 3.247 em comparação com o ano lectivo passado.
Já o presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira, disse ao Novo Jornal, esta manhã, que o presente ano lectivo, vai começar "com os mesmos problemas de sempre: falta de carteiras, professores, livros, água e casas-de-banho.