Segundo o Ministério da Saúde, na segunda-feira foram notificados 280 casos de cólera, sendo 124 em Benguela, 48 em Luanda, 31 no Cuanza Norte, 26 em Malanje, 17 no Cuanza Sul, 16 no Namibe, sete no Icolo e Bengo, quatro no Bengo, três na Huíla, e dois em cada uma das províncias de Cabinda e do Zaire (N"zeto 2).
Os quatro óbitos das últimas horas foram registados em Benguela (2) e no Cuanza Sul (2).
O total cumulativo passa a 16.382 casos, sendo 5.654 em Luanda, 3.333 em Benguela, 2.930 no Bengo, 1.804 no Cuanza Norte, 1.075 no Icolo e Bengo, 744 em Malanje, 278 no Cuanza Sul, 178 no Namibe, 142 em Cabinda, 82 no Zaire, 82 na Huíla, 38 no Huambo, 23 no Cubango, 15 no Uíge, dois no Bié, um no Cunene e um na Lunda Sul.
Ocorreram desde o início da epidemia 551 óbitos, dos quais 199 em Luanda, 113 no Bengo, 91 em Benguela, 65 no Cuanza Norte, 30 no Icolo e Bengo, 25 em Malanje, 17 no Cuanza Sul, quatro no Zaire, três em Cabinda, dois no Namibe, um no Huambo e um na Huíla.
Segundo a OMS, o País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e um surto de cólera que já afectou 17 das 21 províncias".
Estão em curso medidas de resposta urgente que incluíram "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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