As expectativas do Executivo angolano em relação ao Corredor do Lobito (CL) ainda faziam eco nas rádios locais, inaugurada a Agência de Facilitação de Transporte de Trânsito, a 22 de Janeiro, e já se desenhava um acto adverso à aposta na agricultura enquanto base para um pólo de desenvolvimento, mais do que aquele conhecido veículo para a movimentação dos minerais.

As autoridades desenhavam, na presença de representantes da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC), os chamados Países "encravados", a construção de dois portos secos, ambos na Catumbela, numa cerimónia sem qualquer referência à incontornável expropriação de centenas de famílias camponesas.

Na apresentação dos passos para as infra-estruturas portuárias, feita na estação ferroviária do Negrão, o Novo Jornal questionou o funcionário do CL que resumia o essencial do projecto.

"Eles [camponeses], claro, vão para outras áreas de produção", disse, em meio a uma agitação própria das visitas ministeriais, o funcionário em causa.

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