O arguido é acusado de homicídio qualificado pelo Ministério Público (MP).
A acusação diz que o oficial disparou contra as três vítimas, todos da mesma família (pai, filho e sobrinho), na madrugada do dia 19 de Junho de 2024.
Ao tribunal, o arguido argumentou que as vítimas eram assaltantes e que realizaram assaltos naquela madrugada.
Questionado porque não se apresentou às autoridades de seguida, visto que era subinspector do SIC e ficou foragido durante sete meses, disse que foi por medo.
Ao tribunal, o acusado diz que não foi o único que disparou mortalmente contra estas três pessoas, que "estavam armadas", argumento rejeitado pelos familiares e testemunhas das vítimas.
O Novo Jornal soube que o oficial do SIC já esteve detido na Comarca de Viana, em 2013, durante cinco meses, por abuso de poder.
Segundo o MP, "Zico" estava foragido após ter disparado contra as três vítimas, mas foi apanhado em Janeiro deste ano, na via pública, na província do Icolo e Bengo, sob mandado da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A detenção aconteceu quando o oficial circulava no bairro Zango II, no município do Calumbo, onde se escondeu durante sete meses.
Segundo o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC-geral, Manuel Halaiwa, o homicida fazia parte da direcção do SIC/ Luanda e estava colocado no município do Cazenga.
O trágico incidente ocorreu no bairro Curtume, por volta das 02:00, quando a família saía de um óbito.
Uma das vítimas, um senhor de 65 anos, estava cansada de lá estar e pediu ao filho e a um sobrinho para o acompanharem a casa, e, quando estavam prestes a chegar, o agente do SIC confundiu-os com delinquentes e disparou contra eles.

