Ex-militares do extinto braço armado da UNITA (FALA) e da FNLA (ELNA) lamentam estar a viver em condições "inaceitáveis", tendo em conta o papel que desempenharam não só na luta contra o colonialismo português como também para a democratização do País.
Ao NJ, os descontentes sublinham que as dificuldades socioeconómicas que enfrentam resultam dos incumprimentos por parte do Governo em relação aos seus direitos constantes do Decreto-Lei n.º 16/94, sobre o Sistema de Segurança Social das Forças Armadas.
"Na vida, há elementos que vão à lavra com enxada, catana e tudo nas mãos, fazem a lavra com o objectivo de alimentar a família, mas, no fundo, são um mero instrumento, e outros que nunca fizeram nada pela lavra é que vão beneficiar do seu trabalho", é com esse exemplo que o comandante Henrique Zola, do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), resume a sua actual situação, depois de anos de dedicação à Luta de Libertação Nacional, uma realidade vivida por muitos antigo militares que clamam por apoio da parte do Governo angolano.
Com passos lentos, mas firmes, o antigo combatente da guerra de Libertação Nacional recebeu-nos no bairro da Sapu para contar a sua história. Com o início do que ele chama "a verdadeira guerra", a 15 de Março de 1961, Henrique Zola viu-se forçado a fugir com a família para o então Zaíre (actual Congo Democrático), onde concluiu o ensino primário e continuou o seu percurso académico até ingressar na universidade.
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