Augusto Tomás, que fez o anúncio na abertura de um seminário sobre transporte ferroviário em Angola subordinado ao tema "Situação Actual e Perspectiva do Futuro", no Lubango, disse que o projecto inclui a construção de plataformas logísticas em algumas regiões ao longo dos trajectos da linha férrea nacional.

O responsável, ainda de acordo com o jornal, anunciou ainda que o governo já definiu, entre as prioridades para o sector, a duplicação da linha do caminho-de-ferro de Luanda entre, o Bungo e Baia, e a construção de uma outra entre as proximidades de Baia e o novo aeroporto internacional da capital.

O ministro falou também da construção da linha ferroviária do norte, entre Luanda, Uíge e Mbanza Congo, com posterior ligação ao porto do Soyo e a ligação entre os caminhos-de-ferro de Benguela, com inicio nas imediações do município de Luacano, Moxico, até a fronteira leste com a Zâmbia.

Este ramal permite a ligação com aquele país vizinho e viabiliza o transporte do minério da região de Cooperbelt para a exportação pelo terminal mineiro do Porto do Lobito.

Augusto Tomás anunciou também a elaboração de um estudo de viabilidade e de projectos "para a construção da ligação em falta no final da linha do CFB, nas proximidades do Lobito".

A rede ferroviária nacional, disse o ministro, citado pelo Jornal de Angola, é dos elementos mais estruturantes do sector dos transportes porque abrange todo o país.

Para o responsável, o desenvolvimento da rede ferroviária nacional "não é apenas uma responsabilidade do Ministério dos Transportes", pois é de "relevância nacional que interessa a todos os sectores da economia e deve mobilizar a sociedade".

O projecto da rede ferroviária nacional, declarou, deve ser enquadrado nas grandes linhas de orientação estratégica para a política económica e social a médio prazo, definidos nos planos e programas de governação.

"As grandes opções para a definição física da rede e inserção no território devem estar em sintonia com os objectivos estratégicos da política de ordenamento, planeamento, de crescimento e desenvolvimento, para assegurar a acessibilidade e mobilidade, além de suportar, de modo adequado, o cumprimento das metas impostas ao sector dos transportes", referiu.

O ministro sublinhou que a rede ferroviária nacional tem como objectivo a industrialização, diversificação do sector produtivo interno, substituição de importações, incremento de exportações, internacionalização da economia angolana e aumento da competitividade interna e externa.

Augusto Tomás defendeu a realização de um estudo para a definição de modelos de financiamento e construção, no âmbito do qual deve ser vista possibilidade da intervenção do sector privado nas operações de edificação e gestão das infraestruturas e a exploração de serviços de transporte.

Angop/NJ