Para os advogados de defesa da IURD, "o MP não tem legitimidade de falar em nome da IURD que está espalhada por mais de 150 Países".

A defesa questionou o tribunal por que razão o bispo Valente Bizerra Luís, responsável da ala dos pastores dissidentes, não é arrolado como arguido no processo, uma vez que só foi despronunciado em Julho desde ano.

Durante o seu interrogatório, o bispo brasileiro Honorilton Gonçalves, antigo responsável espiritual da IURD em Angola e Moçambique, disse que a missão do bispo responsável é somente cuidar das ovelhas no seio da igreja, negando ser mandante do líder mundial Edir Macedo Bezerra.

Honorilton Gonçalves salientou que a IURD não é e nunca foi uma organização criminosa como agora pretendem fazer crer.

Quanto às queixas de extorsões aos fiéis, a defesa refuta tais acusações e diz que nenhum fiel é coagido a fazer doação à IURD e que todas as doações às igrejas no mundo são absolutamente normais e voluntárias.

"As doações são feitas na base da fé e no espírito da fé. Todas as organizações religiosas recebem doações dos seus crentes, porque as religiões são instituições sem quaisquer fins lucrativos", disse a defesa, que acrescentou que "os bispos e pastores só pregam os ensinamentos da Bíblia em que os mesmos acreditam".

Quando ao crime de burla por defraudação, a defesa disse que os arguidos nunca enganaram ninguém nem tão pouco induziram as vítimas em erro com falsas promessas, por isso negam todas as acusações e acusam os queixosos de má-fé.

Umas das fundamentações levantadas pelos advogados de defesa tem a ver com a usurpação da igreja fundada na década de 70 por Edir Macedo Bezerra por parte dos pastores dissidentes