Segundo as autoridades das pescas do Namibe, a apreensão foi possível via denúncia e obedeceu a um mandado de detenção da PGR/Namibe, mas o estranho é que o produto confiscado desapareceu esta terça-feira, 30, do local onde estava apreendido.
Fontes da direcção das pescas do Namibe asseguraram ao Novo Jornal que assim que as autoridades se deslocaram ao local onde se encontravam apreendidas as sete toneladas de carapau, para seguimento dos trabalhos, não encontrou o peixe.
Conforme as autoridades, na empresa chinesa já não se encontra nenhuma quantidade de carapau, numa clara desobediência ao mandado de detenção da PGR.
Segundo a fonte, as sete toneladas do peixe proibido nesta época não podem ter desaparecido do nada e acredita-se que os cidadãos chineses, com aa ajuda de nacionais, terão dado sumiço ao produto, mesmo após o Estado ter ordenado a sua apreensão.
"Estamos em presença de dois crimes, um de desobediência e outro de ocultação de prova e obstrução à justiça, o que é muito grave", descreveu a fonte, que solicitou anonimato.
Entretanto, o Novo Jornal apurou que o Serviço de Investigação Criminal (SIC) foi chamado a investigar o desaparecimento das sete toneladas de carapau que estavam apreendidas pelas autoridades e que agora estão "invisíveis" aos olhos da fiscalização da pesca do Namibe.
Importa recordar que as autoridades angolanas, através do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, proibiram a partir do dia 1 deste mês, e por um período de dois meses, a pesca do carapau e da cavala ao longo da costa marítima angolana, para permitir a reprodução destes peixes, como noticiou o Novo Jornal no dia 1 de Julho.