Angola reduziu em até 73,9% a taxa de mortalidade materna, mas o último registo oficial revela a morte de quase três mil mulheres só num ano, devido a complicações relacionadas com gravidez e parto. São as conclusões de um estudo/relatório das Nações Unidas, intitulado Tendências na Mortalidade Materna entre 2000 e 2020, segundo o qual, no País, até ao ano 2000, em cada 100 mil partos, 860 mulheres perdiam a vida, uma tendência invertida ao longo dos 20 anos analisados na pesquisa, se tivermos em conta que, em 2020, o número de óbitos em cada 100 mil partos baixou para 222.

Com estes números, Angola melhorou 27 lugares no ranking da mortalidade materna pelo mundo, ou seja, deixou de ser o 14.º pior País e passou para a posição 41.º, sendo, ainda assim, a segunda pior Nação a nível dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), só superada pela Guiné-Bissau, com 725 mortos por 100 mil partos.

Conforme o estudo, divulgado em Fevereiro último, a hipertensão e hemorragia estão entre as principais causas da mortalidade materna no País e no mundo.

Mas não só de más notícias se fazem os dados de Angola no que toca à maternidade materna. Por exemplo, o relatório indica que, no País, a probabilidade de uma mulher com até 15 anos morrer por complicações relacionadas com gravidez e parto é de 1 em 79 e que, no geral, apenas 3,2% das mortes estão relacionadas indirectamente com o HIV-Sida.

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