Com o objectivo de salvaguardar os estabelecimentos prisionais de possíveis tráficos, fugas de presidiários, bem como permitir o contacto entre reclusos e familiares, sem expor qualquer um deles aos riscos da Covid-19, foi criado o sistema de parlatórios virtuais (salas de videoconferência para reclusos) nas principais cadeias de Luanda.

Trata-se do projecto Uma Palavra, Um Abraço-Virtual-Parlatório Virtual, levado a cabo pelo Centro de Direitos Humanos e Cidadania da Universidade Católica de Angola (UCAN), em parceria com os Serviços Penitenciários.

Nesta primeira fase do projecto, está prevista a construção de 10 parlatórios. Desse número, seis já foram inaugurados e funcionam nas cadeias de Viana, Comarca Central de Luanda e Hospital-Prisão de São Paulo, tendo cada uma delas a capacidade para 330 videochamadas por dia, o que resulta em quase mil comunicações diárias. Pretende-se, nos próximos meses, expandir os serviços para as cadeias de Cabolombo e Kakila (Luanda), Caboxa (Bengo) e Bentiaba (Namibe).

"A ideia inicial era cobrir todas as cadeias a nível do País, mas esse facto só será possível caso haja mais recursos financeiros e outros apoios", explica Wilson de Almeida, coordenador do projecto e director do Centro de Direitos Humanos da UCAN.

O também docente universitário acrescenta que a criação dos parlatórios minimiza os riscos de os estabelecimentos prisionais serem tomados por uma possível onda de contágio por Covid-19, além de reduzir os casos de tráficos e fuga de presos.

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