Em assembleia realizada no sábado, dia 03, os professores de todo o Pais optaram por continuar com a greve por se sentirem ignorados pela entidade patronal, o Ministério da Educação.

Entretanto, a greve que terá início esta terça-feira pode comprometer a realização das provas do 1.º trimestre.

O SINPROF assegura que nunca foi intenção dos professores prejudicar o andamento do processo de ensino e aprendizagem em Angola, e garante que continua aberto ao diálogo.

Na mesa das conversações está um caderno de reivindicações datado de 2019 que abrange as modalidades de progressão de carreira, subsídios e condições de trabalho.

"Precisamos é de propostas claras e sérias para apresentarmos aos filiados", disse no passado sábado à imprensa o secretário-geral do SINPROF, Guilherme Silva.

Em 2021, destacou, o SINPROF tinha suspendido a greve, mas não a levantou, porque o levantamento pressupõe que as questões em negociação foram atendidas.

"Em 2020, devido à pandemia da covid-19, o sector da educação teve oito meses de paralisação lectiva. Com o retorno das aulas presenciais e da normalidade, decidimos retornar o processo reivindicativo, suspenso por conta da pandemia. Nesta altura já estava em funções a actual ministra da Educação", disse o sindicalista.

Segundo Guilherme Silva, o Ministério da Educação foi informado sobre o regresso à greve dos professores, mas infelizmente não os chamou para negociar.

"O sindicato cumpriu com todos os pressupostos legais previstos na lei da greve. Continua válida a declaração de greve do dia 17 de Abril de 2021, pelo facto de ela ter sido apenas suspensa, não levantada", esclareceu.

Apesar de o SINPROF ter anunciado o início da segunda fase da greve, o MED ainda não se pronunciou sobre o assunto.