Dezenas de pessoas foram, no passado mês de Novembro, administradas com a 3.ª dose da vacina contra a Covid-19 no Centro de Vacinação do Paz Flor, apesar de o Ministério da Saúde não ter ainda publicamente dado autorização para tal procedimento, apurou o Novo Jornal, mediante denúncias posteriormente confirmadas no local.

Um técnico ligado àquele centro de imunização admite, em anonimato, ter havido tal prática, mas ressalva tratar-se apenas de uma "excepção" aberta a profissionais de Saúde aquando da visita do Presidente português no passado sábado, 27 de Novembro. Contudo, após uma ronda pelo centro antes e depois da vinda de Marcelo Rebelo de Sousa a Luanda, sem se identificar, a equipa do NJ flagrou momentos em que os técnicos de saúde aplicavam doses de reforço (imunização diferente administrada a quem tenha duas doses de uma única vacina) e a dita terceira dose (o mesmo tipo de vacina administrada pela 3.ª vez).

Técnicos ouvidos pelo NJ explicaram que o procedimento se estendeu a todos os requerentes que tivessem apanhado a última vacina num período não inferior a seis meses. Entretanto, contactada pelo jornal, Felismina Neto, a "número um" do centro de vacinação do Paz Flor, recusou-se a comentar o assunto.

A médica, que também coordena o Programa Alargado de Vacinação de Luanda, remeteu qualquer explicação para o Ministério da Saúde (MINSA), na pessoa, por exemplo, do secretário de Estado para Saúde Pública.

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