Segundo o maior partido da oposição em Angola, esta situação "requer um estudo para se aferirem as verdadeiras causas dessa descriminação".
O maior partido da oposição chamou esta quarta-feira os jornalistas para, em conferência de imprensa, apresentar os resultados da visita de trabalho do seu presidente, Adalberto Costa Júnior, às províncias da Lunda-Norte, Lunda Sul e Moxico.
O secretário-geral do partido, Álvaro Daniel, disse que há nesta região muitas lamentações de fome, e que essas lamentações vêm de todas as faixas etárias.
Conforme o "Galo Negro", há maus-tratos nas áreas de exploração diamantífera, "onde a vida das pessoas não tem valor".
"Vive-se nesses lugares um ambiente selvático onde a vida do próximo não tem valor para quem tem o interesse e o poder de explorar a força humana como mão-de-obra", diz Álvaro Daniel.
O "Galo Negro" assegura que há igualmente relatos de assassinatos e torturas de cidadãos por empresas de segurança, normalmente ligadas a pessoas do aparelho do Estado.
"Tal como no Kwanza-Norte, também se registam mortes de senhoras nas lavras ou a caminho delas. Os assassinatos visam também a usurpação das lavras das vítimas, cujos terrenos são potenciais ou hipotéticas minas", realça.
Quando à famosa Vila de Cafunfo, a UNITA diz que regrediu e se deteriorou tanto, que se transformou "numa vergonha para o Estado".
No Moxico, o maior partido da oposição assegura que 85.000 crianças estão fora do sistema de ensino, embora considere que estes dados estão por actualizar com a Nova Divisão-Administrativa da província.