A actual direcção, liderada por André Mendes de Carvalho, continua a pressionar as autoridades judiciais para dirimirem o litígio e recuperarem os bens em posse dos antigos militantes, agora independentes e apoiantes do antigo líder da coligação, Abel Chivukuvuku.

Em declarações ao Novo Jornal, o vice-presidente para o património da coligação, Sele António, fez saber que os bens em causa, avaliados em mais de 70 milhões de kwanzas, estão, maioritariamente, nas províncias de Luanda, Kwanza-Norte, Malanje e Bengo.

"Foi-nos possível recuperar os bens que estavam em posse dos antigos membros da CASA-CE em 14 províncias. Agora, resta-nos somente recuperar o património que está actualmente nas mãos de outros ex-membros da coligação, avaliado em cerca de 70 milhões Kz", explicou.

Dos bens patrimoniais em causa, referiu o político, a CASA-CE tem, neste momento, 80% destes, já recuperados. A entrega de boa parte deles terá acontecido de forma voluntária, depois de a direcção ter apresentado uma queixa-crime às autoridades judiciais.

"Foi necessária a colaboração do Serviço de Investigação Criminal (SIC)", precisou o responsável, tendo acrescentado, na ocasião, que o processo prossegue, até que a situação seja totalmente restabelecida.

"Já demos um tempo, e o mesmo já venceu. Agora vamos ser mais rigorosos com eles até conseguirmos, pois já não fazem parte da CASA-CE, pelo que são agora militantes do Partido do Renascimento Angolano - Juntos por Angola (PRA-JA Servir Angola). Portanto, conhecemos os nomes dos indivíduos que estão com os bens", explicou Sele António.