O confronto interétnico, gerado pela disputa de pastagens e bebedouros para o gado, provocou o deslocamento em massa de milhares de pessoas das suas aldeias em busca de segurança, para a província da Huila e para a cidade de Moçâmedes, Namibe, e agora é preciso levar estas pessoas de volta porque não há condições mínimas para as manter nos locais de refúgio.
A campanha de sensibilização está a ser conduzida por uma equipa da administração, municipal de Camucuio e vai abranger, numa primeira fase, mais de 500 famílias para que estas se sintam seguras para regressarem às suas casas.
Refira-se que o violento confronto entre as comunidades ocorridos no Domingo, 17, na localidade do Mulovei, município das Cacimbas, na província do Namibe, resultaram em pelo menos 12 mortos.
De acordo com uma nota do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), a tragédia foi ocasionada pela procura de pasto e água para para o gado bovino e caprino, em consequência do fenómeno de seca que o município das Cacimbas, tal como todo o sul de Angola, atravessa.
A rixa, com recurso a catanas, flechas e bastões, resultou na morte de oito pessoas da etnia Nhaneca, duas do Mucuando e igual número dos Muquilengue-Muso.
Os restos mortais foram transladados para a morgue do Hospital Municipal do Camucuio, sete dos quais, foram, posteriormente, transferidos para o Município da Bibala, por insuficiência de espaço.