A famosa "Turma do Apito" foi desativada pela Polícia Nacional em Dezembro de 2023, que entende que esta suposta brigada de vigilância comunitária se dedicava à prática de diversos crimes.

Entretanto, familiares e alguns moradores destes cidadãos detidos dizem que os vigilantes não são marginais e que apenas queriam trazer tranquilidade ao bairro devido ao crescente número de assaltos, por isso, querem realizar uma manifestação para exigir a sua libertação.

A onda de assaltos, segundo os moradores, regressou mais agressiva nos últimos dias, e com intenção de os parar, um grupo reuniu-se na passada sexta-feira,18, para reactivar a "Turma do Apito". A polícia apareceu e deteve os 16 homens.

O Novo Jornal sabe que estão detidos na 9.ª esquadra e serão presentes esta semana ao Ministério Público (MP).

Segundo a polícia, com estes cidadãos foram encontradas uma arma de fogo sem munições e com número de série ilegível, 11 garrafas, sendo sete com substância líquida injectável, seis catanas, um pé de cabra, uma faca, um taco de basebol e um sabre.

A PN conta que as detenções ocorreram à meia-noite do dia 19, no bairro da Lixeira, rua da "Blackwood", quarteirão 4, quando efectivos da brigada anti-crime, no âmbito da acções de investigação criminal, se depararam com a nova "Turma do apito".

Após indagados, os homens afirmaram ser vigilantes da "Turma do Apito", afirmando que as sua acções eram motivadas pela onda de crimes que tem assolado o bairro.

Segundo a polícia, a atitude destes cidadãos tem vindo a criar instabilidade no seio da população, porque há várias queixas de cidadãos agredidos por estes elementos.

Vale recordar que a conhecida "Turma do Apito", no Sambizanga, foi desativada em 2023, pela PN, por entender que esta suposta brigada de vigilância comunitária se dedicava à prática de diversos crimes, como noticiou o Novo Jornal na altura.

Segundo a polícia, não é verdade que o nível de crimes subiu no Sambizanga desde que foi desactivada a "Turma de Apito" e as zonas críticas do Sambizanga são conhecidas da PN.

Sobre este assunto, a Novo Jornal contactou esta segunda-feira, 21, o porta-voz da PN em Luanda, superintendente-chefe Nestor Goubel, para mais esclarecimentos, mas sem sucesso.