Máscaras de todas as cores e modelos - de panos e convencionais - embelezam as ruas da capital, um cenário que se verifica um pouco por todo o país. Agentes da Polícia, comerciantes, automobilistas, médicos, enfermeiros, jornalistas e outros profissionais exibem diariamente diferentes tipos de máscaras. Mas nem todos.

Engrácia Damião é zungueira e aproveita o estado de emergência para comercializar máscaras produzidas com tecido de pano no mercado do São Paulo, em Luanda, aliás, é o tipo de máscara que ganhou destaque nos últimos dias, sendo também a mais comercializada em vários pontos do país. O novo negócio não agradou o mercado formal. Os supermercados e farmácias, por exemplo, que no início da pandemia registaram uma procura massiva de máscaras e álcool gel, queixam-se agora da concorrência e consideram-na desleal, devido à diferença na qualidade dos produtos e dos preços.

Em conversa com NJ, Engrácia contou que, antes do primeiro estado de emergência, dedicava-se a um outro tipo de negócio, mas agora trocou-o pela venda de luvas, máscaras, álcool gel ou etílico. Com o rosto empoeirado e uma máscara feita de pano entre a boca e o nariz, revela que diariamente vende até 40 máscaras, o que lhe permite facturar 400 a 8 mil kwanzas.

"O preço das máscaras varia entre 100 e 200 kwanzas e já dá para levar pão para as crianças. O uso de máscaras nesta fase de estado de emergência é de extrema importância, porque nos ajuda a evitar a contaminação", explica a vendedora, que tem o período matinal como o melhor para as vendas.

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