Os dados foram avançados nesta terça- -feira, 17, pelo presidente do conselho da administração do INACOM, Leonel Augusto, durante um encontro entre o órgão regulador e as associações empresariais, que decorreu sob o lema Oportunidades de investimento no sector das telecomunicações e dos serviços postais.
O responsável fez saber que os serviços de Internet móvel e fixo, que atingem 20% da população, são também dominados pela Unitel (com 87%), Movicel (12%) e outras operadoras com apenas 1%.
Já a telefonia fixa cinge-se a uma penetração de somente 0,6%, estando a Angola Telecom na liderança (58%), seguida da MsTelecom, subsidiária da Sonangol para as telecomunicações (com 21%), a TV Cabo (com 19%) e a Startel (com os restantes 2%).
De acordo com Leonel Augusto, a televisão serve apenas 7% da população, em que a ZAP assume o domínio dos subscritores (com 69%), segue-se a DStv (com 28%) e a TV Cabo (com os restantes 3%).
"A nossa população tem vindo a crescer e o número de subscritores tem vindo a ser alterado, ou seja, estamos a alargar a família, mas esperamos atingir as zonas onde não conseguimos chegar até agora", salientou o PCA do INACOM. Relativamente às frequências radioeléctricas, considerou "um recurso escasso" em que o INACOM diariamente regista mais solicitações, mas que nem sempre estão disponíveis ao público, tendo alertado para o uso racional desse bem (Frequência Radioeléctrica) que deve estar apenas ao serviço de quem usa e que, se não o faz, deverá devolvê-lo ao regulador, para atribuir a outra empresa.
O responsável referiu que o surgimento de vários canais de rádio em Frequência Modulada (FM) nos últimos tempos é o exemplo digno de registo do órgão regulador das comunicações em Angola.
Em termos de empregos, disse que o sector das telecomunicações proporciona neste momento 7.000 colaboradores directos e tem capacidade para alargamento dessa cifra, dado aos investimentos que podem ser acrescidos aos realizados pelo Estado, que podem ser executados pelo sector empresarial privado.
Nesse sentido, o PCA do INACOM defendeu novos investimentos no sector postal, que se revela pouco complexo e de passível intervenção da classe empresarial, no sentido de aderirem a esses serviços nos municípios e zonas não cobertas.
"Hoje conseguimos ver alguns exemplos, através da criação de pequenas empresas locais que podem apoiar o sector postal", observou.