A ruptura nas negociações entre a direcção da Pride Ensco e os trabalhadores, para actualização dos salários indexados ao dólar de acordo com a taxa de câmbio do Banco Nacional de Angola, já está a ser tratada como um caso do Polícia, relatam funcionários das sondas DS7, DS8 e 109.

"Há ordens para deter 61 trabalhadores da sonda DS8", garante um grevista. "A empresa está a passar uma informação errada aos órgãos judiciais e policiais, a dizer que os funcionários estão a causar distúrbios", adianta a fonte, acrescentando que a direcção da Pride Ensco está a tentar substituir as equipas de grevistas por trabalhadores temporários.

"Percebemos que não estão dispostos a chegar a acordo e por isso decidimos avançar com a paralisação total", conta o funcionário.

O desenvolvimento chega depois de na terça-feira, 14, os funcionários a angolanos que operam as sondas DS7, DS8 e 109 da Ensco terem paralisado, em solidariedade com os seus representantes sindicais - que foram suspensos e alvo de processos disciplinares na sequência de um aviso de greve.

Apesar de a mesma ter sido anulada por ordem judicial, e de os trabalhadores terem aceitado retomar as negociações, a empresa avançou com as acções disciplinares.

Por isso, foi já à margem da estratégia sindical que os funcionários das três sondas resolveram "dar o tudo por tudo".

O Novo Jornal online continua a tentar recolher a posição dos responsáveis da Pride Ensco sobre o diferendo.