A informação foi avançada esta segunda-feira, 25, pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, durante uma conferência de imprensa que marcou o 43º aniversário do grupo Sonangol.

A PCA da Sonagol afirmou que desde 2017 que a petrolífera tem vindo a reduzir o número de estudantes no exterior do País devido à situação financeira que Angola vive.

"Vamos promover cada vez mais o número de bolsas internas. E anualmente vamos atribuir até 500 bolsas de estudo, utilizando obviamente o ISPTEC", avançou.

O responsável do grupo Sonangol salientou que os critérios de admissão para estas bolsas de estudo têm a ver com o mérito do estudante, sendo que um deles, determinante, é o aluno ter em média nota superior a 14 valores.

"O pessoal que estará nesta base vai corresponder a 80 por cento do total, a Sonangol pagará as propinas e dará um subsídio ao estudante para que ele tenha condições de desenvolver as suas actividades. Dos 20 por cento restantes, 10 por cento será para os filhos dos trabalhadores do grupo Sonangol e os outros 10 serão atribuídos a jovens com condição económica e financeiras desfavorecida ", salientou.

O NJOnline apurou junto do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC) que o processo de candidaturas à bolsa deverá ser entregues directamente à Academia da Sonangol, nas instalações do ISPTEC, das 9:30 às 17:00 desta terça-feira até ao próximo dia 22 de Março.

O bolseiro será veiculado à Academia da Sonangol mediante a assinatura de um contrato de formação, prorrogável anualmente, no limite previsto da duração do curso, mediante apresentação do comprovativo de aproveitamento académico.

Entretanto, o grupo Sonangol reserva-se ao direito de preferência do bolseiro no final da sua formação académica para o preenchimento do seu quadro pessoal e enquadramento, de acordo com as suas necessidades.

De recordar que em Maio de 2017, a Sonangol e a petrolífera francesa Total assinaram um memorando de entendimento para financiar 50 novas bolsas de estudo para jovens angolanos estudarem em universidades francesas. O compromisso foi rubricado pelos presidentes das duas petrolíferas, Carlos Saturnino e Patrick Pouyanné.

O acordo não antecipou na altura nada sobre o processo de selecção, indicando apenas o final de 2019 como data para a integração dos alunos nas instituições de ensino.