A informação consta de um comunicado divulgado esta segunda-feira, 20, pelo Ministério das Finanças (MinFin).
Segundo a nota, "o Executivo solicitou o ajustamento do programa de apoio do FMI, adicionando-se ao mesmo uma componente de financiamento".
A decisão, explica a instituição tutelada por Archer Mangueira, tem em conta a evolução económica mais recente e pretende "facilitar a implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica e do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022".
No âmbito desse ajustamento, a missão do corpo técnico do FMI que recentemente concluiu uma visita de 15 dias a Luanda, cumprida de 1 a 14 de Agosto, "foi convidada a visitar novamente Luanda em Outubro de 2018, a fim de dar início às negociações ao abrigo de um Programa de Financiamento Ampliado (EFF - Extended Fund Facility - Programa de Financiamento Ampliado) de dois anos, e que pode ser estendido em mais um ano caso se mostre necessário", lê-se no comunicado.
"Temos estado também a dialogar com o FMI no sentido de avaliarmos a possibilidade de uma assistência técnica. Se será com ou sem financiamento é um tema que ainda não foi tratado", afirmou o governante.
Recorde-se que, em Junho de 2016, o Presidente José Eduardo dos Santos informou o FMI sobre a decisão de manter o diálogo com o fundo apenas no contexto do artigo IV 'consultas' e não no contexto de discussão sobre o programa de ajuda EFF (Programa de Financiamento Ampliado), recuando nas intenções que tinham sido transmitidas meses antes, em Abril.
Antes desse recuo, motivado pela subida do preço do petróleo, avançou-se que o apoio financeiro do FMI a Angola poderia chegar aos 4,5 mil milhões de dólares, a três anos.