No âmbito da sua função de prevenção e combate aos crimes de ordem financeira dentro do banco central, o DCS neutralizou um grupo de burlões que, em nome do BNA, defraudaram empresas e cidadãos.
Nesta operação, "dois funcionários do BNA foram constituídos arguidos e respondem perante a justiça", informa o regulador, através de um comunicado.
"Fazendo-se passar por Membros do Conselho de Administração, Directores e Funcionários do BNA", os suspeitos "extorquiam valores monetários aos cidadãos e às empresas, colocando em causa a credibilidade da instituição", lê-se na mensagem.
O esquema, segundo se depreende da nota divulgada pelo banco central, envolvia promessas de acesso a divisas, circunstância que leva o BNA a clarificar o seu papel no circuito financeiro.
"O BNA não procede à venda de notas em numerário, efectuando somente transacções electrónicas, transferências, utilizando os correspondentes bancários nos mercados europeu e norte-americano", assinala o regulador, realçando que "cabe aos bancos comerciais a responsabilidade de importação de notas em moeda externa, bem como a sua comercialização".
Reafirmando que os níveis de controlo e de supervisão interna do banco central foram reforçados, num processo extensivo aos bancos comerciais, principalmente em matéria de compliance, o BNA apela ainda à denúncia dos actos ilícitos nas transacções bancárias, para que Departamento de Inteligência e Controlo do Sistema Financeiro do BNA possa actuar, em articulação com a Unidade de Informação Financeira e dos Serviços de Investigação Criminal.