Numa carta posta a circular nas redes sociais, os colaboradores deste banco consideram arrogante a atitude do presidente da comissão executiva do BCI, acusando-o de pretender despedir as pessoas.

Em declarações à Radio Nacional de Angola, o presidente do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola, Filipe Makenko, disse estar atendo à situação dos trabalhadores do Banco de Comércio e Indústria.

O grupo Carrinho diz que toda e qualquer decisão que possa afectar a situação dos colaboradores será sempre comunicada e partilhada com eles em primeiro lugar.

"No seguimento dos encontros realizados entre a gestão e o corpo directivo, impõe-se a necessidade de se ajustar a equipa de liderança, pois o Banco, para além da sua situação financeira, necessita de uma nova dinâmica com objectivo de o tornar mais forte e competitivo", esclarece a nota, ode é informado que foi constituído um grupo de trabalho com a incumbência de proceder ao levantamento sobre a situação real do BCI, cujas conclusões determinarão o rumo da instituição.

"Os resultados deste exercício serão permanentemente comunicados e partilhados com todos os interessados, em particular, com todos vocês, que realmente tornam possível alimentar o sonho de um BCI mais próspero e o alcance dos objectivos estratégicos a que nos propusemos", refere a nota.

De acordo com a mesma nota, serão mantidos vários benefícios sociais, como a protecção na saúde e as condições de crédito aos colaboradores, "não obstante a situação financeira em que o banco se encontra, com resultados negativos em 2021 e com perspectivas no curto prazo não muito animadoras".

"Nós acreditamos que com as medidas em curso, o BCI realizará o seu pleno potencial financeiro e a sua dinâmica comercial, posicionando-se, num curto prazo de tempo, como um dos principais bancos de Angola", termina a nota.

Refira-se que o grupo angolano é o novo proprietário do BCI, com a compra de 100 por cento das acções que o Estado detinha no banco.

O Ministério das Finanças era o maior accionista com 99,4 por cento das acções. As empresas estatais Sonangol, ENSA, Porto de Luanda, TAAG, Cerval, TCUL, Endiama, Angola Telecom e Boloma detinham o resto da acções.