Loubna Yuma, advogada da Adalah, a equipa jurídica da flotilha, disse à agência de notícias EFE que os activistas foram levados para a prisão de Saharonim, de onde serão provavelmente deportados para os países de origem.

Mais de 400 militantes pró-palestinianos a bordo de 41 navios de uma flotilha de ajuda à Faixa de Gaza foram detidos pelas forças navais israelitas, confirmou na quinta-feira um responsável israelita.

"Durante uma operação, que durou cerca de 12 horas, o pessoal da Marinha israelita conseguiu impedir uma tentativa de incursão em grande escala, realizada por centenas de pessoas a bordo de 41 navios que tinham declarado a sua intenção de violar o bloqueio marítimo legal sobre a Faixa de Gaza", explicou o mesmo responsável.

Último barco da flotilha interceptado

Um último barco da flotilha que prosseguia ainda a sua viagem, segundo os dados disponibilizados no portal da Global Sumud na Internet foi interceptado ao início da manhã desta sexta-feira.

Pouco antes, a organização da flotilha tinha anunciado que a embarcação Marinette continuava a navegar mas que esperava ser interceptada em breve. "Ela sabe o que a espera", escreveu nas redes sociais.

O barco Marinette estava a menos de 100 quilómetros da costa do enclave palestiniano ao início da manhã desta sexta-feira, de acordo com a geolocalização divulgada. Pouco depois, surgiu no site como "interceptado".

"Se o barco se aproximar, a sua tentativa de entrar numa zona de combate activa e quebrar o bloqueio será igualmente impedida", tinha já garantido o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel na quinta-feira.

No mesmo dia, um vídeo divulgado nas redes sociais revelou o ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, a apontar para os activistas da flotilha e a exclamar "são terroristas".