Em comunicado que a comunidade ismaili em Angola fez chegar ao Novo Jornal, recorda-se que Aga Khan dedicou sua vida à melhoria das condições de vida da sua comunidade e das populações dos países onde vivem, independentemente de raça, género, etnia ou religião.
O príncipe fundou e liderou uma das maiores organizações internacionais privadas de desenvolvimento, que serve comunidades em algumas das regiões mais frágeis e subdesenvolvidas do mundo. Foi amplamente respeitado como estadista e defensor da paz e do progresso humano.
Aga Khan foi um dos mais carismáticos líderes espirituais de todo o universo muçulmano, neste caso da minoria xiita Ismaili, tendo, ele e as suas organizações, um papel reconhecido no apoio humanitário e no reconhecimento daqueles que contribuem para a democracia, a paz e a melhoria de vida das suas comunidades, sejam elas de cariz religioso ou não, como é disso exemplo o Prémio Aga Khan de Arquitectura, um dos mais prestigiados no mundo.
Aga Khan chegou à liderança desta comunidade, constituída por cerca de 15 milhões de pessoas em todo o mundo, uma minoria no universo xiita mas uma das mais activas, em 1957, quando tinha apenas 20 anos, sucedendo ao seu avô, Sir Sultan Mahomed Shah Aga Khan.
A Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), fundada pelo actual líder desta comunidade, conhecida pelo seu esforço e apoio à inclusão, e que é uma das vertentes mais conhecidas da liderança de Aga Khan, está presente em cerca de 30 países, onde tem como pilar a ideia de trabalhar para todos independentemente da sua Fé ou género.
O 50.º Imam já foi designado e será anunciado após a leitura do testamento do príncipe Aga Khan nos próximos dias, revela o comunicado.