"Saúdo o povo senegalês... pela natureza exemplar da nossa democracia e pela credibilidade de nosso sistema eleitoral", afirmou Macky Sall no Twitter após a divulgação dos resultados.

O BBY garantiu 125 assentos na última votação legislativa em 2017, e a perda de 43 assentos reflecte a crescente hostilidade pública em relação a Sall, alimentada em parte pela sua recusa em declarar claramente que está a planear concorrer a um terceiro mandato em 2024, violando os limites de mandato, escreve a Reuters, que lembra que as frustrações neste país geralmente estável da África Ocidental também foram alimentadas pelas dificuldades económicas provocadas pela pandemia de coronavírus e ao aumento dos preços dos combustíveis e alimentos.

"O povo senegalês deu uma verdadeira lição de democracia à classe política", disse Amadou Sall, membro do BBY, à Reuters.

As tensões aumentaram no país de 17,5 milhões de habitantes desde que os protestos violentos eclodiram no ano passado, quando Sonko, que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2019, foi preso por acusações de violação. Sonko nega as acusações, mas o processo contra ele ainda está aberto.

Macky Sall foi eleito presidente da União Africana em Fevereiro deste ano, sucedendo a Felix Tshisekedi, presidente da República Democrática do Congo, para um mandato de um ano.