Para o presidente do partido do "Galo Negro", este encontro demonstra que "é sempre possível dialogar em nome do interesse comum" que é o país.

"É comum nos países que as instituições possam e saibam dialogar. Nós temos em comum o interesse nacional", disse Costa Júnior, sublinhando que este encontro com o Chefe de Estado, é um indicador de que há capacidade para dialogar.

De acordo com Adalberto Costa Júnior, Angola carece de mais democracia "indiscutivelmente" e de "menos partidarização" das suas instituições.

"Portanto, esses são os desafios, que se forem alcançados teremos uma Angola mais democrática e todos ganharemos com isso. Temos que ter nas lideranças capacidade para poderem dialogar", acrescentou.

Depois da realização das eleições de 24 de Agosto não aceites pela UNITA, Adalberto Costa Júnior defendeu a necessidade de se pensar mais pelo País.

"Na campanha eleitoral nós todos percorremos o País e hoje temos a obrigação de irmos de encontro aquelas que são as expectativas da realização de mais Angola. Nós estivemos cá no primeiro encontro no sentido de podermos entender também qual seria o posicionamento, a visão e a perspectiva de vermos realizadas aquelas que são as vontades essenciais do angolano e ansiedades maiores", frisou.

Da parte da Presidência, na nota emitida nas redes sociais, apenas foi divulgada a realização deste encontro sem acrescentar quaisquer pormenores.

A nota diz apenas que "o Presidente da República, João Lourenço, recebeu hoje (06/10) de manhã em audiência, no seu gabinete, o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior".

"À saída da audiência, o líder da UNITA valorizou o encontro referindo que é um sinal de que", diz ainda a nota da Presidência, o que deixa claro que no Palácio da Cidade Alta entendeu-se como relevante enfatizar a ideia de Costa Júnior de que "as lideranças devem dialogar, para benefício do país".

Recorde-se ainda que a 24 de Setembro, na denominada marcha da liberdade, realizada pela UNITA e pela FPU, em Luanda, Costa Júnior deixou, como o Novo Jornal noticiou aqui, uma mensagem claramente desafiante para João Lourenço no sentido de estabelecer pontes de diálogo em nome do país, admitindo mesmo que nessa perspectiva estaria disposto a caminhar ao lado do MPLA.

Mas, tal como o Novo Jornal também avançou aqui, o Bureau Político do MPLA reagiu de forma agressiva, negando qualquer possibilidade de o partido caminhar em qualquer condição com a UNITA.