"Fomos nós a propormos a realização das eleições autárquicas em Angola. Não temos medo que estas venham a acontecer", disse aos jornalistas Luísa Damião, à margem da tomada de posse dos deputados eleitos para a V Legislatura.
Segundo Luísa Damião, as autárquicas vão ter de acontecer, porque só falta um diploma que tem a ver com a Lei da Institucionalização das autarquias.
O porta-voz do MPLA, Rui Falcão, afirmou que as eleições autárquicas estão previstas para 2024, mas apenas se a legislação autárquica for aprovada este ano.
"Em princípio as eleições autárquicas estão previstas para 2024, isso se nós aprovarmos a legislação em 2023", declarou.
O secretário provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento, disse que apesar da derrota do seu partido em Luanda, a capital ainda continua a ser uma praça forte do MPLA, prometendo melhorar o quadro nas próximas eleições.
"Quem organizou os melhores eventos durante a campanha eleitoral em Luanda foi o MPLA. Vamos melhorar as coisas para que nas próximas eleições o nosso partido venha a ter bons resultados", referiu.
Roberto de Almeida, histórico deputado do MPLA, espera que o seu partido trabalhe para o bem-estar dos angolanos.
"Penso que o nosso Presidente vai dar continuidade aos programas da legislatura anterior", disse o ex-presidente da Assembleia Nacional, frisando que os próximos cinco anos serão decisivos.
Nas eleições de 24 de Agosto, o MPLA obteve 51,17 por cento e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.
Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais longe, ficando em 3º lugar, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, e o PHA, com 1,02%. Todos eles com dois deputados eleitos garantidos.
A CASA-CE, com 0,76%, a APN, com 0,48%, e o PJANGO, com 0,42% dos votos, não conseguiram qualquer assento parlamentar.
Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%. Não votaram mais de sete milhões, equivalendo a 55,18% de abstenção.