"Ouvimos muitas promessas no discurso do senhor Presidente da República. Os angolanos querem a prática", sublinhou o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, uma das figuras presentes na Assembleia Nacional que comentou, em declarações ao Novo Jornal Online, a primeira mensagem sobre o Estado da Nação de João Lourenço.
O líder do principal partido da oposição pediu ao Executivo a despartidarização das instituição públicas, salientando que "isso tem vindo a prejudicar a administração do Estado".
Já o seu homólogo do PRS, Benedito Daniel, esperava ouvir do Chefe de Estado uma mensagem que também falasse sobre a transmissão dos debates parlamentares pela Televisão e Rádio Nacional de Angola.
"Os que nos elegeram querem ouvir o que defendemos no Parlamento. O discurso do senhor Presidente não fez referência a esse assunto tão sério", assinalou.
Por sua vez, o vice-presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), André Mendes de Carvalho, espera que as promessas feitas pelo Presidente João Lourenço sejam uma realidade.
"Os angolanos estão atentos às promessas e esperam ansiosamente o cumprimento escrupoloso das mesmas", apontou, acrescentando que o povo está farto de ouvir as mesmas promessas que nunca foram cumpridas.
Para o analista político António Semedo Brandão, o Presidente da República devia centrar a sua intervenção na reconciliação dos angolanos que, no seu entender, permanece por alcançar.
"Em plena paz assistimos a actos graves de intolerância política. O senhor Presidente devia apelar aos angolanos para não enveredarem por essa prática", assinalou, crítico em relação aos actos de intolerância que diz se repetirem com frequência em algumas regiões do país depois das eleições gerais de 23 de Agosto.
Quem também ficou impressionado com o discurso de João Lourenço foi o secretário do Bureau Político do MPLA para as Relações Exteriores, Julião Mateus Paulo "Dino Matross".
"Todas as promessas feitas pelo meu partido durante a campanha eleitoral, não obstante a situação económica que o país atravessa serão realizadas", prometeu.
Segundo Dino Matross, o Presidente da República vai contar com o apoio do MPLA e dos angolanos para a materialização dos programas.