A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a existência de um caso confirmado em laboratório é o suficiente para a declaração de uma epidemia, o que levou as autoridades sanitárias a implementar, desde o início do mês, medidas de prevenção junto da população.

"Foram activados os centros de tratamento da doença na província, fez-se busca activa de casos num raio de 500 metros à volta das casas onde ocorreram os óbitos e colheu-se água e fezes para análise laboratorial", informou, na altura, Rosa Bessa, directora do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda.

Neste momento, estão em curso acções no sentido de repor o máximo possível a capacidade de abastecimento de água canalizada, no bairro Dangereux, incluindo a montagem de reservatórios nas unidades sanitárias e algumas escolas.

A responsável do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda explicou também que foram formados membros das comissões de moradores sobre a doença, distribuído hipoclorito de cloro e panfletos sobre as medidas de prevenção, bem com desinfestadas algumas residências.

Outras acções como distribuição de água potável, através de camiões cisternas e limpeza das valas e das áreas envolventes àquelas onde foram notificados casos de cólera foram também postas em prática.

Está ainda em execução um plano para a remoção do lixo deposito no leito do rio Cambamba, que atravessa o bairro Dangereux, assim como a construção de latrinas familiares e comunitárias.

Rosa Bessa, que aconselhou a população a ferver ou desinfectar a água para beber, lavar as mãos antes de manusear os alimentos, não deixar alimentos expostos às moscas, não defecar ao ar livre e cuidar da lavagem das frutas e verduras, alertou para, em caso de sintomas como vómitos ou diarreia as pessoas devem dirigir-se ao centro de tratamento mais próximo e, em caso de ocorrência de óbito, devem avisar as autoridades sanitárias e não manter contacto com o cadáver.