A ONUSIDA refere que, entre 2010 e 2022, Angola teve uma redução de 45% na incidência do VIH/Sida, mas manifesta preocupação com os dados desactualizados do último Inquérito Biológico e Comportamental Integrado para populações chave, sublinhando que Angola tem o compromisso de acelerar as acções de prevenção e dos serviços de saúde sexual e reprodutiva.

O compromisso de Angola implementar as principais recomendações da Avaliação do Ambiente Jurídico para o VIH/Sida e o direito à saúde sexual reprodutiva, através do Plano Estratégico Nacional de Resposta ao VIH/Sida, Hepatites Virais e outros Infecções Transmissíveis Sexualmente 2023-2026, constam do eixo das preocupações da ONUSIDA.

O Programa Conjunto das Nações Unidas para o Combate do VIH/Sida destaca o aumento do diagnóstico (40%-93%) e tratamento (34%-79%) entre gestantes seropositivas, entre 2018 e 2022, como "principais progressos" registados por Angola.

Pouco investimento comunitário para a prevenção, estigma e discriminação, poucos recursos para conter a expansão da carga viral e a fraca adesão do tratamento antirretroviral pela deficiência do apoio social são apontados pela ONUSIDA como principais desafios para Angola.

Para o presidente da ANASO, António Coelho, o país precisa de "resolver os problemas da liderança política, dos dados, que são estimados e não representam a real situação do VIH/Sida, e dos fundos nacionais para o combate à doença".

"Se não resolvermos esses problemas não vamos conseguir acabar com a Sida como um problema de saúde pública até 2030", afirmou.