O Novo Jornal apurou, nesta terça-feira, junto do porta-voz do comando provincial de Cabinda da Polícia Nacional, intendente Marcos Coxito, que "os indivíduos que controlam o combustível tentam ludibriar os agentes e raramente falam a verdade sobre os proprietários".
Os contrabandistas estão a usar residências em lugares isolados como esconderijos de combustível, antes de o produto sair de Angola, e, no local, os agentes encontram apenas os seguranças que recebem alguma recompensa pelo trabalho e que acabam por ser detidos.
O intendente Marcos Coxito disse que, em alguns casos, os motoristas apanhados com camiões-cisterna, para se livrarem da culpa, dizem à polícia que fazem outros tipos de negócios, mas depois de se verificar, tudo aponta para o contrabando de combustível.
Apesar das dificuldades que as autoridades em Cabinda dizem ter para determinar quem são os proprietários dos produtos petrolíferos apreendidos, garantem que estão "a investigar cada caso desta natureza que ocorre nas comunidades".
"Apesar das dificuldades, estamos atrás deles", declarou o porta-voz PN-Cabinda ao Novo Jornal.
Só na semana passada foram apreendidos 35.490 litros de gasóleo no município de Tando-Zinze pela polícia, em cooperação com as Forças Armadas Angolanas (FAA).
A Polícia de Guarda Fronteiras (PGF) apreendeu também, na aldeia de Yabi, 15 mil litros de gasóleo, prestes a ser transportados para a RDC, numa casa que era usada como esconderijo pelos contrabandistas.