Segundo o semanário de economia, que cita fontes judiciais, o outrora homem forte de Zénu para a gestão do Fundo Soberano tentou, sem sucesso, deixar o país horas depois de ter sido interrogado na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da Procuradoria-Geral da República (PGR).

"No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, onde lhe foram retirados os dois passaportes, o angolano e suíço Bastos de Morais pediu explicações aos oficiais em serviço do SME, mas estes informaram-no apenas que estavam a cumprir "orientações superiores"", lê-se no Expansão.

O jornal adianta que o empresário foi apanhado de surpresa porque tinha saído da PGR sem que lhe tivessem sido impostas quaisquer medidas de coacção.

Já na companhia do seu advogado, Sérgio Raimundo, o suíço-angolano recebeu, três dias depois do ocorrido, a informação de que deveria contactar a direcção do Serviço de Migração e Estrangeiros. De acordo com o semanário, nesse mesmo dia, Bastos de Morais "recebeu uma notificação para estar presente na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da PGR, onde lhe foi comunicado que tinha sido constituído arguido, tendo sido novamente interrogado, já nessa qualidade".

Na sequência do interrogatório, "o empresário viu serem-lhe aplicadas, como medidas de coacção, o termo de identidade e residência, a obrigação de se apresentar quinzenalmente às autoridades e proibição de se ausentar do país", escreve o Expansão.