O regresso da Sonangol ao Iraque "representa um dos maiores êxitos do actual Conselho Administração", indica a petrolífera angolana, num comunicado enviado à redacção do Novo Jornal Online.

Na mensagem, a companhia estatal adianta que a recuperação dos campos de Najmah e Qayarah, que estavam na posse da Concessionária Nacional iraquiana (a North Oil Company), resulta dos esforços empreendidos nos últimos dois meses.

A petrolífera nacional acrescenta que "a posse efectiva dos campos, cujas reservas estimam-se em mais de mil milhões de baris de petróleo", foi consumada esta quinta-feira, 1, numa "cerimónia de transferência das operações pelas autoridades iraquianas à Sonangol e parceiros".

O comunicado da empresa estatal recorda que as concessões petrolíferas nesses dois campos iraquianos foram obtidas em 2010 - através da subsidiária Sonangol Pesquisa e Produção, "que detém uma participação de 75% dos interesses participativos" -, e posteriormente suspensas devido à acção do Estado Islâmico.

Isabel dos Santos tinha anunciado o regresso ao Iraque em 2016

A nota da petrolífera angolana omite, porém, que o regresso ao Iraque já tinha sido anunciado pela anterior administração, liderada por Isabel dos Santos.

"A administração da Sonangol encontra-se, actualmente, a trabalhar no programa de reactivação e revitalização desses campos de petróleo [de Najmah e Qayarah] ", indica o Relatório e Contas de 2016 da Sonangol.

De acordo com o documento, o retorno aos trabalhos em Mossul "ocorreu em meados de 2016, com a retoma do controlo efectivo desses activos, após o arrefecimento do conflito e reforço dos contactos intergovernamentais".

O Relatório assinalava ainda que com a saída de cena do Estado Islâmico, a administração da Sonangol passou a considerar a viabilidade financeira projectada sobre essa operação, que envolveu um investimento de quase 300 milhões de dólares.