"Os Estados Unidos da América querem que os angolanos sejam prósperos. Vamos ajudar Angola a repatriar os capitais domiciliados de forma ilícita no estrangeiro", disse Mike Pompeo durante uma conferência de imprensa no âmbito da sua visita de 24 horas a Angola, no Ministério das Relações Exteriores (MIREX).
O governante americano disse ainda que o seu País vai apoiar Angola na responsabilização de pessoas envolvidas na corrupção e que ilicitamente colocaram dinheiro do erário público no estrangeiro.
Mike Pompeo asseverou que Washington apoia os esforços feitos em todo o mundo para garantir que as transacções financeiras sejam sempre "mais limpas e transparentes".
"Quando se descobre que não é o caso, os EUA usam os seus recursos para corrigir o que está mal. Iremos seguramente fazer o mesmo para apoiar Angola", disse o Secretário de Estado nesta conferência de imprensa realizada logo a seguir ao encontro com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.
Mike Pompeo elogiou as reformas políticas, económicas e diplomáticas levados a cabo pelo Presidente João Lourenço.
Referiu que os empresários americanos estão muito interessados em investir em Angola em várias áreas, pois sabem que o País tem potencial e áreas por explorar.
"Os Estados Unidos de América vão continuar a promover um ambiente atraente para o investimento que incentive um maior envolvimento das empresas americanas", frisou.
Questionado se este ano o Presidente Donald Trump visitará Angola, Mike Pompeo, disseser difícil, argumentado com a situação da campanha eleitoral no País, que se realizam em Novembro e onde o actual inquilino da Casa Branca vai procurar a reelaição para o segundo mandato.
"O Presidente Donald Trump está muito ocupado neste momento devido à campanha eleitoral em curso no País, mas encarregou-me de o representar", justificou, acrescentando que tinha, no entanto, recebido um convite de João Lourenço para entregar a Donald Trump.
O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, disse, na mesma ocasião, que a visita a Angola do Secretário de Estado norte-americano é um bom indicador para o Executivo angolano.
"A sua presença é acalentadora, um sinal de apoio da administração do Presidente Donald Trump ao programa do Presidente João Lourenço, sobretudo nas reformas que este tem vindo a implementar desde que assumiu a Presidência da República de Angola", frisou.
Manuel Augusto assegurou que as relações político-diplomáticas e de cooperação bilateral nos vários domínios entre Angola e os Estados Unidos são excelentes.
"A visita acontece num momento alto das nossas relações bilaterais. Os Estados Unidos e Angola são parceiros estratégicos e nos últimos tempos estão a dar toda a atenção a esta parceria", acrescentou.
Recorde-se que hoje, o Presidente da República, João Lourenço, recebeu o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, com quem analisou as relações diplomáticas e de cooperação entre Angola e os Estados Unidos.
O encontro decorreu à porta fechada e não foram divulgados dados sobre o conteúdo desta conversa.
A sua agenda contempla também a participação numa mesa redonda com líderes de negócios, no Museu da Moeda, bem como uma reunião com membros da Missão Diplomática do seu país em Angola.
O chefe da diplomacia americana, que já esteve no Senegal, deixa a capital angolana ao meio da tarde de hoje, com destino à Etiópia.
Angola e os Estados Unidos assinaram, em 2010, um acordo de parceria estratégica e cooperam em vários domínios, com realce para o comércio, as finanças, a energia, indústria transformadora, segurança, saúde e justiça.
Angola exporta para os Estados Unidos petróleo e diamantes e compra a este país alimentos, equipamentos para o sector petrolífero e maquinaria diversa.