A pandemia da Covid-19 no continente africano, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC-África), somou, nas últimas 24 horas, mais 5.309 infecções, totalizando agora 1.210.548.

A região Austral do continente, onde se situa Angola, ainda de acordo com informação do CDC-África, é a que regista mais casos, sobretudo devido aos registos na África do Sul, país que, de longe, lidera a lista dos mais afectados com 671.669 casos e 16.586 mortos.

Nos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.

Angola, 176 mortos e 4.797 casos; Guiné Equatorial, 83 mortos e 5.028 casos; Moçambique, 59 mortos e 8.288 casos; Cabo Verde, 59 mortos e 5.817 casos; Guiné-Bissau, 39 mortos e 2.362 casos; e e São Tomé e Príncipe tem registados 15 mortos e 911 casos positivos da Covid-19.

Testes rápidos aos professores a menos de uma semana do arranque das aulas

Entretanto, amanhã, quarta-feira, 30, cerca de três mil professores vão ser submetidos, em Luanda, ao teste rápido serológico da Covid-19, a partir das 08:00, no Largo das Escolas, em Luanda.

Esta iniciativa tem por objectivo verificar a taxa de exposição ao vírus SARS Cov-2 entre a classe docente, quando falta cerca de uma semana para o arranque das aulas no II ciclo do ensino secundário e superior.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta ou perda de paladar e de olfacto, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.