Com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística relativamente às estatísticas do comércio internacional, divulgadas na semana passada, Portugal comprou à Guiné Equatorial 103,9 milhões de euros em Produtos Minerais, superando os 54,7 milhões que comprou a Angola.
Esta é a primeira vez que Angola, um dos dois maiores produtores africanos de petróleo a par da Nigéria, não é o principal fornecedor lusófono desta matéria-prima a Portugal, já que no total do ano passado o saldo é largamente favorável.
Angola vendeu 785,5 milhões de euros em petróleo a Portugal, contra apenas 83,8 milhões de euros de petróleo equato-guineense comprado por Portugal, no decorrer do ano passado.
A Galp, a maior compradora de petróleo portuguesa, explicou que "o processo de seleção de qualidades de petróleo bruto (vulgo "crude") depende essencialmente da sua disponibilidade, dos rendimentos em produtos refinados e da competitividade no contexto mundial", revela a Lusa.
Comentando a alteração do maior fornecedor de petróleo a Portugal, a petrolífera acrescentou que "anualmente a Galp adquire e refina entre cerca de 25 a 30 qualidades diferentes de crudes, por isso a alteração do 'mix' de compras apresenta variações ao longo do tempo de modo a maximizar a eficiência da produção".
De acordo com o relatório e contas da Galp, aprovado em Assembleia-Geral na passada sexta-feira, a petrolífera comprou, no ano passado, 40% do crude a países da antiga União Soviética, seguindo-se 30% na África Ocidental, 18% no Médio Oriente, sendo os restantes 12% divididos entre Norte de África e América Latina, cada um com 5%, e mais 2% no Mar do Norte.