As discussões na especialidade começaram com a recolha de contribuições dos parceiros sociais para a melhoria da proposta e centralizam-se no aumento de verbas para o sector social.

O técnico agrónomo Amadeu Apolónio Baião, que participou, do lado da sociedade civil, participou na discussão de hoje, disse ser impossível falar da diversificação da economia e substituição de importações com 1,91, por cento para o sector da Agricultura no Orçamento Geral do Estado.

"O fraco investimento na dinamização da agricultura é avaliado pela quota de 1,90 por cento contida no documento, o que se vai fazer se queremos reduzir a importação no País?", questionou o agrónomo, salientando que os investimentos na agricultura estão longe de combater a fome.

O Sindicato dos Enfermeiros de Angola, diz que o orçamento para o sector da Saúde de 6, 6 por cento é uma "gota de água no oceano".

O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola também se mostrou preocupado com 6,6 por cento atribuídos para o sector da Saúde frisando que não vai resolver os problemas.

"Um País como Angola só tem um hospital de oncologia. Com esta verba para o sector Saúde, como serão resolvidos os problemas?", questionou o presidente do sindicato Adriano Sebastião.

A Provedora de Justiça, Florbela Araújo, disse que neste orçamento a instituição recebeu 2 mil milhões de kwanzas, contra os três do orçamento passado.

"De preferência que mantivesse os 3 mil milhões de kwanzas anteriores", disse a Provedora de Justiça, Florbela Araújo.

O sociólogo António Mavungula, está preocupado com 7,73 por cento do OGE que recebeu o sector da Educação.

"O Executivo tinha que cumprir a promessa das metas acordadas em Dacar para chegar aos 20% do OGE na Educação e de 15% na Saúde", disse o sociólogo António Mavungula.

Os deputados a Assembleia Nacional aprovaram está segunda-feira, 16, na generalidade, Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023, com 117 votos do MPLA e PHA, 80 contra da UNITA e quatro abstenções do Grupo Parlamentar misto PRS e FNLA.

O OGE 2023, estima receitas e fixa despesas de 20,1 biliões de kwanzas.