A informação foi avançada, em exclusivo, ao NJOnline, pelo presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola (IMETRO), Miquéias Francisco Luis.

Segundo o líder estudantil da IMETRO, os estudantes estão indignados devido a um conjunto de atropelos cometidos pela direcção do instituto, que acusam de não querer dialogar com os alunos, no segundo semestre do ano académico.

"Encerraram, em Agosto, o parque de estacionamento dos estudantes, sem qualquer aviso prévio. Desde então, somos obrigados a estacionar nas zonas adjacente à instituição, sem segurança e iluminação, particularmente para estudantes do período nocturno, que têm sofrido vários assaltos", explicou.

Miquéias Francisco Luis salientou que o Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola tem três parques de estacionamento e diz não entender a decisão do encerramento do parque para estudantes nesta altura do ano.

Mas essa não é a única razão, esclarece o líder associativo: "Fecharam turmas, faltando apenas três meses para ano académico terminar, com o intuito de fundi-las. Isso, sem nenhuma consulta aos estudantes, alegando que são turmas inviáveis".

Essa decisão, conta, obrigou os alunos a estudar de manhã, "quando a maiorias desses estudantes trabalham durante o período nocturno".

"Encerraram a Biblioteca, a tesouraria e a secretaria-geral aos estudantes nocturnos, quando antes, esses serviços estava abertos até às 22:00. Agora fecham às 17:30, decisão também tomada sem nenhum aviso prévio os estudantes ou líderes associativos", declarou.

Segundo o presidente da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola, por esses motivos, a associação realizou uma assembleia geral, em Setembro último, com os delegados de turmas, e deliberou que, caso estes problemas não fossem resolvidos, os estudantes da IMETRO partiriam para uma manifestação de protesto.

"Após várias tentativas de diálogo, muitas delas sem sucesso, vamos todos com bravura manifestar-nos contra todos os desrespeitos, falta de consideração, falta de comunicação, má gestão nos serviços de atendimento e atropelos aos direitos dos estudantis", frisou o líder da associação, acrescentando que já informaram o Ministério do Ensino Superior e o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC), e esperando "que cada estudante seja responsável e faça valer a unidade estudantil e a defesa dos seus direitos".

Sobre este assunto, o NJOnline contactou o director-geral do Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola (IMETRO), Luís Kandjimbo, para os devidos esclarecimentos, mas este não se mostrou disponível.

Importa referir que, em 2015, vários estudantes da IMETRO protestaram e obrigaram a direcção da instituição a rever os preços das propinas.