Alunos a assistirem às aulas sentados no chão, em pé, a escreverem com caderno ao colo ou apoiando-se em cadeiras e, em muitos casos, a partilharem carteiras, é apenas alguns dos cenários flagrados pelo Novo Jornal em diversas escolas da capital, quando já se passa quase um mês desde o arranque de mais um ano lectivo.

O cenário acima descrito deriva do crónico problema da falta de carteiras, assunto, aliás, que não é estranho para o Ministério da Educação (MED), o qual, ano após ano, não arranja uma fórmula para solucionar o problema que tem provocado brigas entre alunos e até já levou a que um professor e grupo de alunos, em Viana, partissem para uma manifestação que acabou reprimida pela Polícia e provocou a detenção e suspensão do docente.

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Malanje: escola primária não arranca com aulas por falta de carteiras

A falta gritante de carteiras escolares em vários estabelecimentos de ensino público, comparticipado e privado em Malanje, é um "calcanhar de Aquiles" para o acesso ou permanencia de milhares de alunos nas escolas do subsistema do ensino geral.

Dados do Gabinete Provincial da Educação daquela localidade indicam que, no presente ano lectivo 2023/2024, mais de 120 mil crianças em idade continuarão em casa.

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Benguela perdeu plano para regresso à produção de carteiras

À imagem da realidade pelo País, pedras e latas substituem as carteiras escolares, que parecem uma miragem aos olhos de alunos em salas improvisadas. Relato de uma professora, igualmente activista cívica, junta-se à reflexão de quem um dia produziu esse equipamento. Governo Provincial espera receber de Luanda para minimizar estragos.

Dados oficiais relativos à província de Benguela, outrora produtora de carteiras escolares, apontam para necessidades na ordem de 157 mil, pouco acima do número de crianças que aprendem o ABC debaixo de árvores ou em salas precárias, sentadas, basicamente, em pedras e latas.

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