O ex-líder espiritual da IURD em Angola nega todas as acusações, que pesam sobre si e a igreja, salientando ao tribunal que durante o seu mandato não teve qualquer registo de procedimento cirúrgico (vasectomia) por parte de algum pastor.

No banco dos réus estão sentados, para além de Honorilton Gonçalves, os pastores Miguel Ferraz, Belo Kifua e Fernando Henriques Teixeira, todos acusados pelos crimes de associação criminosa, branqueamento de capitais e burla por defraudação.

Na passada sexta-feira,19, Honorilton Gonçalves disse que a missão do bispo responsável é somente cuidar das ovelhas no seio da igreja, negando ser mandante do líder mundial Edir Macedo Bezerra.

Honorilton Gonçalves salientou que a IURD não é e nunca foi uma organização criminosa como agora pretendem fazer crer.

Enquanto decorria sessão de julgamento, na quarta secção do Tribunal Provincial de Luanda (TPL), centenas de fiéis da igreja em Angola, faziam orações na marginal de Luanda.

De realçar que as sessões de julgamento dos bispos e pastores da IURD esta a ser fortemente acompanhado por medidas de segurança policial.

Arrolados estão 100 declarantes, a previsão do tribunal, segundo o juiz Tutti António, era de ouvir esta quinta-feira,25, os primeiros 15 declarantes, mas tal não vai acontecer porque ainda não foram ouvidos os outros três arguidos.

A defesa dos bispos e pastores brasileiros entendem que não existe nenhum nexo de imputação entre a conduta dos arguidos e a IURD Angola.

Em declarações à imprensa, o advogado da parte da queixosa, David Mendes, considerou manobras dilatórias os argumentos apresentados pelos advogados dos bispos.