A informação foi avançada, nesta segunda-feira, à imprensa, pelo coordenador adjunto da Comissão Provincial de Resposta à Covid-19 na Lunda Sul, Viegas de Almeida.
Este responsável adiantou que aguardam pela confirmação dos resultados de 81 cidadãos, entre os quais funcionários da Sociedade Mineira de Catotoca e pessoas singulares, provenientes de Luanda.
Viegas de Almeida informou que a empresa estará com cerca sanitária por um período indeterminado.
De acordo com Viegas de Almeida, a comissão fará a colecta das amostras dos 1.600 trabalhadores confinados na mina, para serem enviadas a Luanda para exames no laboratório central.
No âmbito da prevenção e combate, adiantou que a comissão continua a trabalhar na sensibilização da população para o reforço das medidas ( uso das máscaras faciais, distanciamento e o uso do álcool em gel).
A província da Lunda Sul tem, até ao momento, o registo de um caso de Covid-19.
Catoca atalhou caminho logo no início da pandemia
A Sociedade Mineira da Catoca, na Lunda Sul, suspendeu, em Março, parcialmente a sua laboração no âmbito das medidas contidas no regulamento do estado de emergência para travar a expansão da pandemia da Covid-19 em Angola.
Segundo uma nota enviada às redacções, a Catoca dispensou parte da sua força laboral, suspendeu o trabalho nas novas concessões e implementou um regime especial de laboração que se vai prolongar até 11 de Abril, data em que está previsto terminar o estado de emergência.
Tal como o estado de emergência declarado pelo Presidente da República a 27 desse mesmo mês, também este plano de contingência na maior mina de diamantes nacional foi prolongado e depois aligeirado estando actualmente o País em situação de calamidade pública.
A funcionar, neste período, marcado por um regime especial de laboração, a Catoca manterá alguns serviços operacionais, paralisando todas as operações de produção da Central de Tratamento nº1, bem como nas concessões de Tchiafua, Gango e Luangue.
A segurança das instalações da Catoca, a 4ª maior mina de diamantes do mundo e onde são produzidos mais de 70 por cento dos mais de 9 milhões de quilates produzidos anualmente em Angola, mantém-se activa.
Os trabalhadores que permanecem na Catoca vão estar em situação de isolamento e sob vigilância pelas equipas médicas da empresa e do governo, via gabinete provincial de Saúde da Lunda Sul.
Indústria diamantífera sofre em todo o mundo
A pandemia da Covid-19 está a afectar fortemente a indústria diamantífera em todo o mundo, com alguns bancos a se verem obrigados a permitir moratórias para os pagamentos de empréstimos que estavam escalados para agora, porque as empresas ficaram em sérias dificuldade, como é disso exemplo a Bélgica, onde o próprio Governo pressionou a banca nesse sentido.
A par destas medidas, nos EUA, por exemplo, a indústria joalheira criou uma rede de suporte para as empresas mais pequenas, esmagadas por esta crise e no Dubai, o importante Dubai Multi Commodities Centre (DMCC) está a providenciar pacotes de ajuda para os membros.
E a De Beers reduziu a sua força laboral na África do Sul em 75 por cento.