Entre os arguidos, está um cidadão, de 41 anos, oriundo do Vietname, radicado em Angola, "considerado um dos homens mais perigosos e procurados pelas autoridades".

O Novo Jornal sabe que os crimes começaram em 2014 e as investigações para capturar o cidadão vietnamita tiveram início há dois anos mas só na semana passada foi possível a sua detenção após um assalto que envolveu milhões de Kwanzas e dólares norte-americanos, em Luanda.

O MP refere que o grupo liderado pelo vietnamita de 41 anos tinha como preferência assaltos a residências de cidadãos vietnamitas com elevado poder económico, todos indicados por ele.

"Os quatro arguidos, liderados pelo vietnamita, estruturavam uma organização para a prática de crimes contra a propriedade, preferencialmente a residências particulares pertença de pessoas de nacionalidade vietnamita com elevado poder económico", disse.

Segundo o MP, os cinco envolvidos está imputada a acusação de crimes de associação criminosa, prática do crime de furto qualificado, alguns dos quais na forma tentada, detenção de arma proibida, falsificação e lavagem de dinheiro.

Ao Novo Jornal, o porta-voz do SIC-geral, Manuel Halaiwa, disse que a operação que culminou na detenção do líder do gangue foi realizada pela Direcção Central de Combate aos Crimes Contra o Património quando os arguidos torturaram e ameaçaram de morte um cidadão vietnamita a quem "subtraíram da sua residência 15 mil dólares norte-americanos e mais 20 milhões de Kwanzas" e artigos diversos, "como seis telemóveis, aparelho de controlo e monitorização das câmaras de vídeo-vigilância, relógio e fios de ouro, avaliados em nove mil dólares e várias peças de roupas de marca".