As estimativas até estes novos dados terem sido revelados apontavam para a existência de pouco mais de 40 mil quilates, o que significa que a "estrela mundial" das minas angolanas, de onde saiu, recorde-se, o diamante de 404 quilates, encontrado em 2016, o maior de sempre produzido pela indústria diamantífera nacional, vê o seu potencial aumentar em mais de 90 por cento.

A Z Star Resource Consultants, que elaborou este estudo a pedida da Lucapa, que tem como sócios no Lulo a concessionária Endiama e os privados da Rosa & Pétalas, concluiu ainda que o valor médio do quilate que vier a ser extraído deste projecto mineiro será de 1.420 dólares norte-americanos, quase 18% mais que os 1.215 USD anteriores.

Apesar de ser um valor elevado, ainda assim fica aquém do valor médio conseguido em 2016, quando o Lulo bateu o recorde mundial de venda média, tendo chegado aos 2.983 USD por quilate.

Este ano, o de 2016, foi excepcional para o Lulo não só porque foi em Fevereiro desse ano que dali saiu o diamante de 404 quilates que, depois, foi comprado pela joalheira suíça de luxo, De Grisogono, por 16 milhões de USD, quando ainda vigorava a obrigação das empresas venderem a sua produção a clientes preferenciais, mas também porque nesse ano foram extraídos mais de uma dezena de diamantes excepcionais, alguns coloridos, de grande valor económico.

O diamante de 404 quilates, comprado pela empresa suíça de Isabel dos Santos, acabou por ser transformado numa jóia de grande qualidade, leiloada por 34 milhões USD pela Christie"s.

Até agora, todos os diamantes extraídos do Lulo resultam da exploração aluvial, ou seja, foram encontrados no leito e margens dos cursos de água que atravessam os mais de 3 mil hectares da exploração.

Por causa disso, do elevado valor e dimensão generosa dos diamantes encontrados, a Lucapa Diamond Company já andou nas bocas do mundo por diversas razões, sendo que uma delas é porque a empresa mantém e curso um forte investimento na busca do kimberlito de onde estão a brotar todas estas "pedras" que acabaram por ser arrastadas pelos rios e pelas chuvas.

Outra é porque, ao que tudo indica, a exploração começou em 2009 com equipamento inapropriado para detectar gemas de grandes dimensões, o que obrigou a que fosse feito novo investimento em tecnologia apropriada para detectar "pedras" até 1.000 quilates, o que levou a que fosse passada pente fino uma estrada que tinha sido construída com entulho da exploração, podendo ali estarem escondidos verdadeiros "monstros".

Stephen Wetherall, CEO da Lucapa, citado por sites especializados, já veio garantir que, perante estas novas possibilidades, a empresa e os seus sócios vão aumentar o esforço para extrair diamantes em 2019.